Com uma rica liturgia voltada ao mistério da morte e Paixão de Jesus Cristo, iniciamos mais um dia de vivência passiológica no Congresso comemorativo dos 100 anos.
A assessoria de Frater Henrique Cristiano, da Congregação de Maria Mãe da Misericórdia, seguimos refletindo sobre a importância do tema ao longo da história da humanidade: sempre esteve presente, e com o Papa João Paulo II, em sua encíclica sobre a Misericórdia,
houve um novo impulso na Igreja.
Misericórdia e Compaixão indicam um estar ao lado de alguém e fazer algo concreto para que o seu sofrimento seja transformado em vida, modificando a estrutura que o causa.
Misericórdia é a dinâmica inculturada de fazer sua a dor do outro e fazer o bem,
como fez Jesus Cristo.
A Misericórdia torna-se fundamental para que o ser humano possa
reagir segundo Jesus Cristo.
No sentido religioso, a misericórdia constitui-se o elemento que torna possível a relação entre a divindade e o ser humano, esta prerrogativa está presente
em todas as religiões monoteístas.
Na tradição judaica, Israel define Deus como um Deus misericordioso,
exprimindo a bondade infinita de Javé.
"Senhor, piedade de mim, tende piedade!", aparece frequentemente no hebraico.
Diferentemente do amor humano, o amor de Deus não arrefece e nem se extingue ao não
encontrar no povo a confiança.
A misericórdia é estruturante na pessoa de Jesus, que se inclina preferencialmente para o pobre, o fraco, o pecador, o pequeno. Precisamente na misericórdia Jesus manifesta o seu amor incondicional e chama ao seu Deus de Pai das misericórdias, mostrando assim aos seus discípulos como deve ser a relação amorosa com Deus.
Amar assim é fazer morada naquele que se ama, (Jo, 17)
como fez Deus com o seu povo.
Na festa de Nossa Senhora da Luz (08.09) esteve conosco D. Sérgio Artur Braski, Bispo de Ponta Grossa. |